Por Damyen Sojo
Influenciador Hytalo Santos e o marido são presos em Carapicuíba
O influenciador Hytalo Santos e o marido dele, Israel Natan Vicente, foram presos na manhã desta sexta-feira (15) em Carapicuíba, em uma residência localizada em um bolsão residencial na Granja Viana.
A informação foi confirmada pelo Ministério Público da Paraíba e pela Polícia Civil de São Paulo.
O que aconteceu A prisão foi resultado de uma operação conjunta entre o Gaeco (MP da Paraíba), Polícia Civil paulista, Polícia Rodoviária Federal, Ministério Público do Trabalho e órgãos federais.
Ontem (14), Hytalo não foi encontrado em sua casa, em João Pessoa (PB), durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão.
Equipamentos eletrônicos foram apreendidos na residência do influenciador na capital paraibana.
Acusações e investigação
Hytalo é investigado desde dezembro de 2024 por exploração sexual de crianças e adolescentes, trabalho infantil e tráfico humano. As denúncias ganharam maior repercussão na última semana, quando o youtuber Felca publicou um vídeo acusando o influenciador de lucrar com a exposição sexualizada de adolescentes em suas redes sociais.
Segundo Felca, os conteúdos mostrariam adolescentes em ambientes adultos, com roupas curtas, participando de danças sensuais e festas com consumo de bebidas alcoólicas.
Em resposta, Hytalo afirmou que repudia as acusações e que sua trajetória “sempre foi guiada pelo compromisso inabalável com a proteção de crianças e adolescentes”. Ele também declarou nunca ter ocultado informações das autoridades e disse estar à disposição para esclarecimentos, confiando que “a verdade prevalecerá sobre qualquer tentativa de distorção”.
Contexto da operação
O Ministério Público afirma que as vítimas, em situação de vulnerabilidade socioeconômica, eram aliciadas e exploradas dentro do próprio estado. Os crimes investigados incluem exploração sexual, trabalho análogo à escravidão e outras formas de servidão.
Após a prisão, Hytalo e o marido foram levados para o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), na capital paulista, onde aguardam os próximos procedimentos judiciais.